Junça, Cyperus rotundus L. (Cyperaceae)

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A pior erva do Mundo. Uma peste sem igual em mais de 90 países. A sua presença na horta, jardim ou campo é péssimo sinal, pois é uma competidora feroz pelos recursos do solo. Como se não bastasse, a sua matéria morta enterrada, liberta substâncias nocivas para as outras plantas.<br />
Tem de ser arrancada com a raíz inteira, principalmente o pequeno tubérculo no fim, preso precariamente, muitas vezes a mais de 20cm de profundidade. É resistente à grande maior parte dos herbicidas, que de qualquer modo não aconselhamos a usar. Desponta através de qualquer cobertura do solo. É das poucas ervas que resistem mesmo a uma cobertura de solo com manga plástica.<br />
Fresar e revolver o solo, apenas serve para a espalhar. Mesmo que a fresa reduza a pedaços o tubérculo, deles ainda podem brotar novos exemplares.<br />
Até esta peste inacreditável tem os seus pontos positivos, na alimentação e medicina tradicional, como se pode ver na base de dados <a href=Plants For a Future.

Uma resposta para“Junça, Cyperus rotundus L. (Cyperaceae)”

  1. jardineira aprendiz

    Outra coisa que acho incrível é que ‘nasce’ sem humidade quase nenhuma. Já a vi aparecer em força num terreno fresado num periodo sem qualquer chuva, em que a terra aparentemente estava seca. Contaram-me, não sei se é verdade, que alguém a teria trazido para a zona pensando que era arroz de sequeiro! Por aqui são duas ‘prendas’, esta no verão e a Oxalis pes-caprae no inverno.

  2. jrf

    Mais incrível ainda tendo em conta que teoricamente é uma planta que gosta de humidade. A minha teoria é que gosta de tudo.
    A experiência que tenho tido aqui no jardim e no quintal:
    Ao primeiro foco de invasão, atacar forte e decididamente. Nem que seja necessário sacrificar alguma planta. Nesse aspecto, consegui corrê-la do jardim.
    No quintal a história é outra. Notei que cavar não prejudica, pelo contrário. A terra mole torna mais fácil ir removendo as que vão nascendo. A terra dura torna a tarefa não só impossível como inglória, pois ficam sempre tubérculos para trás.

  3. Sendo difícil, não é nada fácil at Quinta do Sargaçal

    […] Quando decidi que não ia cultivar nada no Sargaçal e “tomar conta” do quintal, acho que estava à espera menos intensidade. Ou então é o modo como encaro as coisas. Gosto de tentar fazer o melhor, mas nem sempre é possível. Tendo a “teoria toda” e muito cuidado na prática, não estava a contar com tantos insucessos nas sementeiras: cebolinho, alfazema, girassóis, camomila, tomatilho, tomate de alicante (nasceu um pé), beringela, feijão preto ‘cherokee wax’… Milho e o feijão que mostrei, nasceram respectivamente três e um pé. Já semeei segunda dose e só nessa altura reparei que as sementes tinham uma etiqueta “Packed for 2004″. Pois, passados dois anos, sem cuidados na conservação, é difícil serem viáveis. Portanto a primeira grande lição é ter sementes de qualidade acima de qualquer suspeita, próprias ou de um fornecedor de confiança. Evita-se muita frustração e perda de tempo. Apesar do meu lado estar radicalmente diferente do que era há apenas uns meses, tenho uma luta incessante com as ervas, designadamente com a junça. O quintal está infestado, o que é uma pena, porque teria sido perfeitamente evitável. Agora estou a controlar as coisas, mas diariamente. Arranco junça todos os dias, tipo penitência. Fiz caminhos com materia triturada com uns cinco centímetros de espessura. A junça passa por aquilo como se não estivesse lá nada. Nesses sítios mais nenhuma erva nasce. E à noite, de lanterna, caracóis e lesmas. Agora, umas cinco dezenas por noite, na proporção de 1 para 3 respectivamente. Nos primeiros dias, centenas. Literalmente (tenho a mania de contar e das estatísticas). A melhor hora para apanhar bastantes é entre as 23 e 24 horas. Acho que é quando a maior parte ainda vai a caminho dos locais onde farão os estragos. Uma coisa que me surpreendeu é o gosto das lesmas por matéria morta. Não fazia ideia. Onde caço mais é onde está um caracol morto do dia anterior, por exemplo. Interessante. Gostava de reduzir o número desta bicharada para algo manuseável e sustentável para as culturas. Estou a ficar um pouco esgotado. Não tinha ideia que ia gastar tanto tempo e energia, sendo algo tão pequeno e mesmo aqui ao lado. Tem sido um bocado demais e está a afectar o dia-a-dia. Depois ainda resolvo actualizar o blogue diariamente, o que também não ajuda. Já estou a chegar à fase em que alguma coisa vai ter que ceder. […]

  4. Tarefa fácil, tarefa difícil at Quinta do Sargaçal

    […] Este fim-de-semana, apesar do pequeno jardim continuar por acabar, consegui limpar para dentro do compostor, os restos naturais que as plantas produzem diariamente. Folhas, pequenos ramos, pétalas que caem… Tudo contribui para dar um ar de desleixo. Esta manutenção é fácil e dá logo outro ar a qualquer jardinzinho. No quintal as coisas andam bem piores. No início da época, cavei os locais que ia plantar e enterrei tudo o que é erva. Há umas semanas, parece que todas as ervas do Mundo vieram parar ao quintal, principalmente a junça. Há meses que ando a tirar ervas numa base praticamente diária. Tiro junça com o pequeno tubérculo diariamente. Arranquei milhares. De onde colhi as favas, ervilhas e as primeiras alfaces, locais que estavam praticamente limpos, a temível erva é agora aos montes. Tento desenterrar e o tubérculo está a 30cm, talvez mais… Resultado, a tarefa é rigorosamente impossível. As que fui tirando, eram as que estavam mais perto da superfície. Do lado do meu pai, a quantidade é impressionante. Admira-me como estão lá a crescer uns tomates e uns pimentos. […]

  5. No quintal at Quinta do Sargaçal

    […] A junça nunca me desilude. Este ano, esta chuva despoletou um surto no quintal como ainda não tinha visto. Vou tentar ter disciplina para todos os dias arrancar alguma — enquanto a terra está fofa das recentes plantações. Por falar em recentes plantações, tenho courgettes prontas a ir para a terra, mas não tenho ainda local preparado. Aliás, vou ter que expandir a minha operação para o lado do meu pai, porque ando sem espaço. Não haverá problema porque o ambiente este ano é de colaboração. E sem químicos. Tenho colhido umas nabiças maravilhosas — fazem a melhor sopa para mim (também os agriões e espinafres). O aipo, ao fim de dois anos, prepara-se para dar sementes. Revelou-se bastante forte para o nosso gosto cá em casa. No quintal, apesar de ser imune, alberga toda a casta de lesmas e também caracóis. A germinar já está chicória e uma série de verdes que já o ano passado tinha experimentado com pouco sucesso — mizuna, “corn salad” (não tem tradução, acho que é uma espécie de alface selvagem) e rúcula. Também já germina a alface ‘bionda foglia’ e ‘crespa amarela’. Ainda queria semear outras, mas não tenho espaço de momento. Entre as alfaces vê-se o milho a despontar. Os feijões franceses anões germinaram todos menos três. Os ‘pimentos padrão’ foram transplantados, mas estão débeis. Queria meter mais umas fileiras de ervilhas, acho nada menos de imperdoável não ter ervilhas. Vou ter que arranjar um canto! Assim passam os dias e não me lembro de mais nada. […]

  6. José Luiz

    Acho q essa planta da foto não é Cyperus rotundus e sim a Cyperus sculentus, a ritundos tem rizoma irregular e não arredondado com esse aí.

  7. José Rui Fernandes

    Caro José Luiz, é bem capaz de ter razão. E agora reparo que existem várias variedades da própria esculentus… Pelas fotografias não consigo identificar.

  8. Helder

    Olá!
    Não é tarefa fácil livrar-mo-nos da junça. Pude acompanhar durante 20 anos a luta do meu avô contra essa planta, sem sucesso.
    Contudo, “se não os podes vencer junta-te a eles”. Vejam o que se pode fazer com ela.
    http://www.xmission.com/~dderhak/recipe/horchb.htm
    Garanto-vos que constitui um belo refresco para o verão.

  9. BoiAgraria

    A junça esta no milheiral , como os comunistas para o capitalismo democratico, não passem a fresa, mas a grade de dentes : Muuuuuuuuuuuuu )))))

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