Frigorífico

Encomendamos um frigorífico Bosch KIS 34A20 IE, classe energética A+. De encastrar é o melhor possível, se fosse de instalação livre poderíamos optar por um A++.

A ideia é substituir um frigorífico Smeg do qual nunca gostamos. Barulhento, a escala de frio de 1 a 5 tem apenas um número utilizável que é o primeiro (os outros é chover no molhado) e consequentemente, é um sorvedouro de energia. Este último ponto, é a diferença que faz saber ou não saber, andar preocupado ou não andar preocupado — é classe G. Tal como a ligação da máquina de lavar louça à torneira de água quente, considero que os principais culpados são os vendedores dos equipamentos. No ano 2000 já existiam frigoríficos classe A, os classe B eram perfeitamente comuns.
Para nós, será melhor, consumiremos substancialmente menos energia. Para o ambiente, será pior. O Smeg funciona perfeitamente e irá funcionar por muitos anos (não em nossa casa). Se repararem isto acontece em inúmeras áreas, é um puro engano pensar que pelo facto de eu consumir menos energia, o resultado líquido seja de alguma forma positivo. Agora, onde antes havia um frigorífico a funcionar, existem dois e já estou a ignorar a energia e poluição de fabrico dos equipamentos.
É uma das razões porque a tecnologia não vai salvar nada nesta Terra — será um paleativo em alguns casos, nada mais. No livro “O Economista Disfarçado”, Tim Harford acha que pelo facto de existirem tecnologias mais limpas, os países em desenvolvimento as vão adoptar e o impacto do seu desenvolvimento será muito menor que o da revolução industrial que o Ocidente experimentou. Todos os factos o desmentem, dos autocarros velhos exportados para países do Terceiro Mundo (ou Portugal!), ao desenvolvimento Chinês, onde quase que arriscaria dizer que ainda devem ter processos exactamente do tempo da revolução industrial.
Há tantos exemplos… Veja-se o que se passa com a energia eólica em Portugal… A instalação de torres e mais torres, mal dá (ou não dá mesmo) só para cobrir o aumento anual do consumo. Ou seja, onde antes havia determinada produção de energia, agora há eólicas, mais exactamente a mesma “determinada produção de energia” (leia-se hidroeléctricas, centrais térmicas a carvão ou petróleo e a omnipresente energia nuclear, importada).

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